




NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE PERINATAL – MATERNIDADE ESCOLA DA UFRJ
COORDENAÇÃO:
MARISA SCHARGEL MAIA
LUCINEIDE MORAES
APRESENTAÇÃO
A Maternidade Escola, empenhada em sua missão assistencial e educativa, implicada na renovação constante das estratégias e modos de cuidar, tratar e acompanhar a saúde individual e coletiva instituiu no ano de 2015 o Núcleo de Educação Permanente em Saúde - NEPSP através de diversas estratégias de ação, visando promover a integralidade de seus serviços, a capacitação de seus profissionais de saúde e a produção científica. Para tal, tem buscado através de uma pluralidade de ações pedagógicas interativas, refletir sobre possíveis estratégias que favoreçam o aprimoramento do acolhimento e assistência perinatal. Nesta proposta a ‘ética do cuidado’ ocupa um lugar central para o desenvolvimento de uma mentalidade em torno da transmissão de cuidado. Cuidado não se ensina como conteúdo programático de uma disciplina acadêmica, mas se transmite no dia a dia das práticas de cuidado, criando fluxos e linhas de cuidado no dia a dia do trabalho que favoreçam e otimizem as ações de saúde.
O NEPSP é um incentivador da integralidade das diversas iniciativas institucionais, tendo como foco de atenção a globalidade das ações que podem ocorrer desde o campo da gestão à assistência propriamente dita. Articula-se a partir do conceito de ‘clínica ampliada’. Seu objetivo maior consiste em contribuir para a transformação dos processos formativos, das práticas pedagógicas para a saúde, visando a integralização e inovação dos serviços nas práticas assistenciais:
O que propõe a Educação Permanente em saúde?
A educação permanente em saúde precisa ser entendida como uma “prática de ensino-aprendizagem” e como uma “política de educação na saúde”, tem como meta fundamental a educação interativa no trabalho, valorizando estratégias construtivistas de formação.
Como “prática de ensino-aprendizagem” significa a produção de conhecimentos no cotidiano das instituições de saúde, a partir da realidade vivida pelos atores envolvidos, tendo os problemas enfrentados no dia-a-dia do trabalho e as experiências desses atores como base de interrogação e mudança (Ceccim, R. B.; Ferla, 2005).
Uma das finalidades da Educação Permanente é impulsionar a integralidade, favorecendo a articulação entre a Educação e os trabalhadores, ampliando a capacidade resolutiva dos serviços. Quando se fala em articulação entre a educação e os trabalhadores, uma das premissas é a da interdisciplinaridade; ou seja, retirar os processos de capacitação das “caixinhas” especializadas, sublinhando que estas continuam a ter seu valor e importância preservados. O que se ressalta aqui, é a importância de se favorecer um espaço institucional para que haja o diálogo entre os diversos profissionais de saúde em serviço, agregando o aprendizado da reflexão crítica ao trabalho.
Funções do Núcleo de Educação Permanente em Saúde Perinatal:
1 - Desenvolvimento de estratégias para a continuidade e integralidade da atenção à saúde;
2 - Desenvolvimento de investigações sobre temas relevantes ao sistema de saúde;
3 - Adoção de metodologias ativas de ensino-aprendizagem que possibilitem tomar as práticas e problemas da realidade como mote para a aprendizagem;
4 - Adoção de metodologias inovadoras de avaliação, diversificação dos cenários de práticas desde o início dos cursos; trabalho em equipe multiprofissional e transdisciplinar para garantir integralidade e continuidade da atenção e produção de conhecimentos relevantes para o SUS.
II - Eixos de Ação
1 - Formação e desenvolvimento de profissionais de saúde;
3 - Articulação, sempre que possível, entre instituições de ensino e serviços de saúde para fazer de toda a rede de serviços e de gestão espaços de ensino-aprendizagem;
4 - Desenvolvimento de estratégias para a continuidade e integralidade da atenção;
5 - Desenvolvimento de investigações sobre temas relevantes ao sistema de saúde.
III. Atividades:
1 - Cursos de aperfeiçoamento, especialização e mestrado profissional para profissionais dos serviços;
2 - Estágios supervisionados nos serviços de saúde;
3 - Processos cooperativos para o desenvolvimento de investigaçõesa partir de temas relevantes ao SUS;
4 - Implementação das políticas de humanização com participação dos profissionais de saúde, professores e estudantes;
5 - Desenvolvimento de estratégias de articulação multiprofissional e transdisciplinar;